sábado, 3 de outubro de 2009

Ainda vai levar um tempoPra fechar o que feriu por dentroNatural que seja assimTanto pra você quanto pra mimAinda leva uma caraPra gente poder dar risadaAssim caminha a humanidadeCom passos de formiga e sem vontadeNão vou dizer que foi ruim Também não foi tão bom assimNão imagine que te quero malApenas não te quero maisNão te quero maisNão mais Nunca maisAinda vai levar um tempoPra fechar o que feriu por dentroNatural que seja assimTanto pra você quanto pra mimAinda leva uma caraPra gente poder dar risadaAssim caminha a humanidadeCom passos de formiga e sem vontadeNão vou dizer que foi ruimTambém pouco foi assim assimNão imagine que te quero malApenas não te quero maisNão te quero maisNão maisNunca maisNão vou dizer que foi ruim Também não foi tão bom assimNão imagine que te quero malApenas não te quero maisNão te quero maisNão maisNunca maisNão te quero maisNão maisNunca mais

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

desistir...


O amor trilha um longo caminho, mas, muitas pessoas não se permitem experimentar todo o caminho, porque ele é muito doloroso, porque quanto mais investimos num relacionamento e quanto mais profundo ele fica, mais difícil se torna lidar com as diferenças, as imperfeições e as dores que surgem.Estamos num tempo em que desistir de um amor é muito fácil. Fugir dele tem causado muita tristeza e problemas para as pessoas, mas continua sendo a opção mais escolhida. É mais fácil, exige menos e nos dá a sensação de que podemos tentar de novo, recomeçar. Talvez possamos mesmo! E talvez essa seja a melhor opção em casos extremos e sem saída. Mas, na maioria das vezes, é possível continuar, é possível fazer dar certo, porque é exatamente nesta possibilidade que está todo o mérito, toda a razão, toda a satisfação.Só há uma maneira de conseguirmos superar essa força que nos impulsiona para a desistência, para a fuga e a decisão de não mais acreditar na chance de viver um grande amor, apesar de toda a dor: precisamos enxergar além do visível, ouvir além das palavras, sentir além do toque. Precisamos ouvir a nós mesmos, uma voz que vem lá do fundo, mas que insistimos em encobri-la com nossos pensamentos e imaginações, que deturpam e distorcem a realidade...

O trem da vida...


A vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em outros.Quando nascemos entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que julgamos que estarão sempre conosco: nossos pais. Infelizmente, isso não é verdade, em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos no cominho, amizade e companhia insubstituível... Mas isso não impede que durante a viagem, pessoas interessantes e que virão a ser mais que especiais para nós embarquem.Chegam nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos.Muitas pessoas tomam esse trem apenas a passeio. Outros encontrarão nessa viagem somente tristeza. Ainda outros circularão pelo trem, prontos a ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por este trem de forma que , quando desocupam seu acento, ninguém sequer percebe.Curioso é perceber que alguns passageiros que nos são tão queridos, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos, portanto somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante o percurso, atravessemos, mesmo que com dificuldades, o nosso vagão e cheguemos até eles... só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado para sempre.Não importa, a viagem é assim, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperanças, despedidas... porém, jamais retornos. Façamos essa viagem, então da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor, lembrando sempre que em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e provavelmente precisaremos entender, pois nós também fraquejamos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá.Eu me pergunto se quando eu descer desse trem sentirei saudades... acredito que sim. Separar-me de algumas amizades que fiz será, no mínimo, dolorido. Deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos será muito riste, mas me agarro à esperança de que em algum momento, estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram... e o que vai me deixar mais feliz será pensar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros, ou até aquele que está sentado ao nosso lado. Façamos com que a nossa estada nesse trem seja tranquila, que tenha valido a pena e que, quando chegar a hora de desembarcarmos, o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem da vida.

A Importância do Perdão


O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho da casa. Seu pai, que estava indo para o quintal para fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa. Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado: - Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele. Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho que continua a reclamar: - O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola. O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado. Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo: - Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou. O menino achou que seria uma brincadeira divertida e passou mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai que espiava tudo de longe, se aproxima do menino e lhe pergunta: - Filho como está se sentindo agora? - Estou cansado mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa. O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala: - Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa. O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo todo. Que susto! Zeca só conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos. O pai, então lhe diz ternamente: - Filho, você viu que a camisa quase não se sujou; mas, olhe só para você O mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos. Cuidado com seus pensamentos, eles se transformam em palavras; Cuidado com suas palavras, elas se transformam em ações; Cuidado com suas ações, elas se transformam em hábitos; Cuidado com seus hábitos, eles moldam o seu caráter; Cuidado com seu caráter, ele controla o seu destino.

“Perdoar e esquecer equivale a jogar pela janela experiências adquiridas com muito custo.”

Arthur Schopenhauer, in 'Aforismos para a Sabedoria de Vida


Tão estranho a forma de amar,amamos e sentimentos ciúmes,ciúmes bobo, muitas vezes inconveniente.Amamos e sentimos medo,um medo de um dia estar só, de que a pessoa amada siga em viagem sem lhe presentear com uma passagem para o mesmo lugar.Amamos e sentimos raiva,raiva de não sermos entendidos, como se a pessoa amada tivesse a obrigação de ter o dom da premonição, e pudesse nos compreender pelo menos naquele momento que mais estamos chateados.Amamos e sentimos muitas vezes rejeição,pelo simples fato de não ser notado o novo corte de cabelo, a nova roupa, a nova investida.Amamos e nos tornamos loucos,loucos pela felicidade a dois, um mundo colorido feito para apaixonados.Loucos pela vida, como se o hoje fosse um dos dias dos milhões que ainda viveremos.Tão estranho a forma de amar,Somos muitos em um só, muitos sentimentos, muitos desejos, muitos planos...Não quero dominar o amor, quero que o amor nos domine.Pois amor que é AMOR, é tudo... é certeza, é companhia, é amizade, é paixão, é criança, é eterno.Tão estranho esta forma de amar,que me perco até nos versos mais simples de um poema,pois tem tantas formas de se escrever sobre o amor, algumas simples outras complexas,mas todas com o mesmo sentido, que o amor tudo supera.